Para o jogo antes lançado como Final Fantasy III na América do Norte, veja Final Fantasy VI
Final Fantasy III é o terceiro jogo da série série Final Fantasy, desenvolvido e publicado pela Squaresoft, e lançado em abril de 1990 para o Family Computer exclusivamente no Japão. Mais de 15 anos depois, o jogo foi refeito em 3D pela Matrix Software e lançado mundialmente para o Nintendo DS. Essa versão recebeu vários relançamentos, sendo disponibilizada para iOS, Android, PSP, Windows, dentre outras plataformas. Final Fantasy III foi dirigido por Hironobu Sakaguchi, com a trilha sonora composto por Nobuo Uematsu e a arte por Yoshitaka Amano. A versão original não foi lançada fora do Japão, e foi o jogo que introduziu o sistema de classes, que tornou-se marca registrada da série.
A história gira em torno de quatro Guerreiros da Luz, que começam o jogo como Onion Knights anônimos na versão original, mas recebem os nomes de Luneth, Arc, Refia e Ingus no remake 3D. Ao encontrarem o Cristal do Vento, o cristal concede a eles seu poder e os instrui a restaurar o equilíbrio ao mundo.
Final Fantasy III introduziu o sistema de classes, o qual possibilita equipar uma das vinte e três classes para cada personagem. As classes são adquiridas encontrando os cristais ou completando sidequests. Cada classe dá ao personagem habilidades diferentes, como Magia, por exemplo, e alguns comandos especiais associados com a classe, como o comando Steal do Thief e Jump do Dragoon. As classes afetam também os atributos dos personagens.
Jogabilidade[]
A jogabilidade do Final Fantasy III contém elementos dos dois primeiros jogos, com algumas novidades. O sistema de pontos de experiência do primeiro Final Fantasy, que esteve ausente em Final Fantasy II, desta vez retorna e o jogo possui também um novo sistema de classes: diferente do Final Fantasy original, onde o jogador escolhe a classe de cada personagem no início do jogo, e do Final Fantasy II, onde não existem classes específicas, Final Fantasy III introduziu o sistema pelo qual a série ficou conhecida.
Considerando os quatro personagens da party e as 23 classes existentes, é possível um total de 14.950 configurações diferentes de party. Todos os membros do grupo começam o jogo como Onion Knights (na versão de Famicom) ou Freelancers (em todas as outras versões), e podem trocar para várias outras classes, que são obtidas encontrando os cristais ou completando sidequests.
As 23 classes disponíveis no jogo são:
- Classes de alinhamento físico
- Onion Knight
- Freelancer (exclusiva do remake)
- Warrior
- Monk
- Ranger
- Knight
- Thief
- Dragoon
- Viking
- Dark Knight
- Black Belt
- Ninja
- Classes de alinhamento mágico
- White Mage
- Black Mage
- Red Mage
- Scholar
- Geomancer
- Evoker
- Bard
- Devout
- Magus
- Summoner
- Sage
Final Fantasy III foi o primeiro jogo da série a trazer comandos de batalha especiais diferentes de Magic, que mudam de acordo com a classe atual do personagem, e também o primeiro a conter summons.
Sinopse[]
Personagens[]
Na versão original para o Famicom, o jogador controla quatro Guerreiros da Luz genéricos — quatro crianças anônimas e sem características individuais — que, ao entrarem em contato com o Cristal do Vento, recebem seu poder para salvar o mundo. Durante a jornada, vários personagens de apoio se juntam aos Guerreiros da Luz e, embora não participem das batalhas, esses personagens oferecem ajuda no mapa do mundo.
Já no remake, os quatro protagonistas recebem nomes e personalidades próprias, sendo essas características diferentes daquelas do mangá oficial que já existia. Os protagonistas ganham também suas próprias histórias de fundo, que são desenvolvidas no desenrolar do jogo. Vários personagens de suporte juntam-se à party e, desta vez, aparecem aleatoriamente durante a batalha para oferecerem ajuda, seja atacando os inimigos ou curando os personagens.
- Luneth - o personagem principal, encarregado de salvar os cristais do mundo.
- Arc - o melhor amigo de Luneth, que se junta à ele em sua jornada.
- Refia - a filha de um ferreiro.
- Ingus - um cavaleiro de Sasune.
- Personagens do suporte
Apesar dos Onion Knights não receberem nomes na versão original para Famicom, no mangá Yuukyuu no Kaze Densetsu: Final Fantasy III Yori, eles são chamados Muuchi (ムウチ), Doug (ダグ), J. Bowie (J・ボウイ) e Melfi (メルフィ) (a única mulher do grupo). Nas imagens do jogo original presentes no Dissidia Final Fantasy Ultimania, os Onion Knights possuem os nomes introduzidos no remake.
Ambas versões do logo do jogo, e várias artes de Yoshitaka Amano, mostram um guerreiro muscular de cabelos brancos. Este personagem nunca é nomeado e nunca aparece no jogo. Seu design é similar aos desenhos de Amano do protagonista de Final Fantasy V, Bartz Klauser. Seu rabo de cabelo e espada longa é também similar com o personagem Desch na versão remake do mesmo jogo. Sua aparência em geral se assemelha a Luneth. Muitos assumem que o guerreiro sem nome é a base do design de Luneth.
História[]
- “Os Gulgans, então, profetizaram: "O terremoto foi apenas o começo. Os grandes tremores que engoliram os cristais, a luz do nosso mundo, e trouxeram monstros das profundezas da terra ferida, não são nada além de precursores do que ainda está por vir. Algo está vindo... abismal, ameaçador e repleto de sofrimento... Mas a esperança ainda não está perdida. Quatro almas serão abençoadas com a luz e, então, irá começar..."”
- —Prólogo, Livreto de Instrução do DS
Há séculos atrás, os Anciões usaram os Cristais da Luz para construir uma civilização avançada e isso causou uma superabundância de luz. Quatro Guerreiros das Trevas foram selecionados para restaurar o equilíbrio, o que resultou na queda da civilização dos Anciões. Os Gulgans preverão que a história se repetiria algum dia e que quatro Guerreiros da Luz seriam escolhidos para impedir uma superabundância de escuridão.
Muitos anos depois, um terremoto abre uma entrada para a Caverna Altar, próxima à vila de Ur. Quatro jovens órfãos que vivem sob os cuidados de Topapa, o chefe da vila, exploram a caverna e encontram o Cristal do Vento, que dá a eles uma porção do seu poder e o primeiro conjunto de classes, instruindo-os a seguir em frente em sua jornada e restaurar o equilíbrio do mundo.
No remake, somente Luneth cai na caverna e é instruído a encontrar os outros Guerreiros antes de obter o poder do Cristal. Ele e o seu amigo Arc visitam Kazus, a vila amaldiçoada pelo Djinn. Eles encontram Refia na aeronave do Cid e vão juntos para o Castelo Sasune, ao encontro do rei para obter o Anel de Mythril, um item necessário para quebrar a maldição do Djinn. Ingus, um guarda da família real, concede a eles uma audiência com o rei e se junta ao grupo em seguida. O rei diz a eles para resgatarem sua filha, a princesa Sara Altney, que desapareceu quando a maldição foi lançada.
Eles entram na Caverna Selada, onde encontram a princesa Sara e descobrem que ela deixou o reino em posse do anel para impedir o Djinn. O grupo derrota o Djinn e a princesa usa o anel para selá-lo. Ela retorna para o castelo, enquanto Luneth, Arc, Refia e Ingus são transportados para a Caverna Altar. O Cristal do Vento nomeia-os Guerreiros da Luz e dá a eles o primeiro conjunto de classes.
De volta ao Castelo Sasune, a princesa Sara usa o Anel de Mythril para quebrar a maldição e os guerreiros retornam para Cid em Kazus. Uma rocha bloqueia a passagem da montanha para o resto do continente e Cid usa seu airship para investir contra ela, liberando a passagem, mas forçando-os a continuar o caminho a pé. Eles partem para a cidade de Canaan, onde curam uma doença da Dona Cid e também conhecem uma garota chamada Salina, que lamenta pelo desaparecimento de seu amado, Desch. O grupo vai em busca de Desch no Pico do Dragão, pois precisam da sua magia Mini para prosseguir em sua jornada. Durante a busca, o dragão Bahamut captura os Guerreiros e os leva para o seu ninho para alimentar seus filhotes, mas lá eles encontram Desch e conseguem escapar. Desch perdeu a memória e, na esperança de recuperá-la, decide se juntar ao grupo.
Usando a magia Mini de Desch, o grupo entra em Tozus, a vila dos gnomos. Eles passam pelo Túnel de Tozus para chegar na Cova dos Vikings, em busca de um navio. Eles encontram os vikings no meio de um tumulto, pois o guardião do seu povo, o Nepto Dragon, está enlouquecido e afundando os navios. O grupo decide ajudá-los e parte para o Templo Nepto, onde encontram a estátua do Nepto Dragon e percebem que lhe falta um olho. Eles se encolhem para conseguirem passar pelos túneis dentro das paredes do templo e encontram o olho em um ninho de rato. Eles devolvem o olho à estátua e isso acalma o dragão. Como forma de agradecimento, os vikings dão a eles o navio Enterprise.
Os Guerreiros da Luz viajam no Enterprise para a Vila dos Anciões e descobrem que o continente em que estão, na verdade está flutuando acima do "mundo da superfície". Eles visitam a Ravina Gulgan e são instruídos pelos Gulgans a irem para a Torre de Owen. Os Guerreiros sobem a torre, derrotando os monstros que aparecem pela frente, enquanto uma voz misteriosa provoca-os. Ao chegarem no topo da torre, eles encontram a Medusa, serva de Xande, que ameaça destruir a torre e, assim, fazer o continente desabar. Ao final da batalha, a memória de Desch retorna e ele se lembra de ter construído a torre junto com seu pai, ambos Anciões. Ele pula na fornalha para consertá-la e salvar o continente flutuante, ignorando os protestos do grupo para que não faça isso.
O redemoinho que bloqueava o canal ao norte desaparece e o grupo vai para as Cavernas dos Anões, a procura do Cristal do Fogo. Os anões estão preocupados, pois um dos seus chifres de gelo foi roubado por Gutsco, o Trapaceiro. O grupo utiliza a magia Toad para entrar no lago subterrâneo e recuperar o chifre. Após "derrotarem" Gutsco, os Guerreiros retornam para as Cavernas dos Anões, sendo seguidos por uma sombra misteriosa durante o caminho. Ao chegarem no altar principal, Gutsco reaparece e pega os dois chifres.
Os quatro perseguem Gutsco até a Caverna Derretida e o encontram no Cristal do Fogo, onde ele absorve seu poder para se transformar em um dragão. Após derrotarem-no pela segunda vez, o grupo recebe a luz do Cristal do Fogo e várias novas classes. Eles obtêm do Cristal a Presa da Água e devolvem os Chifres de Gelo para os anões.
Em seguida, os Guerreiros navegam para Tokkul, uma vila em ruínas. Eles descobrem que Hein, um conselheiro maligno do rei Argus, capturou o rei, escravizou seu povo e arrancou a Árvore Anciã do Bosque Vivo. Eles são atacados e capturados pelos capangas do Hein, e levados para o Castelo Hein, que na verdade é a Árvore Anciã encantada por Hein.
Os Guerreiros da Luz derrotam Hein e recuperam a Árvore Anciã, obtendo a Presa do Vento no processo. Eles retornam para o Castelo Argus e o rei os agradece presenteando-os com a Roda do Tempo. O grupo volta de encontro ao Cid e ele usa a Roda para remodelar o Enterprise e transformá-lo em uma aeronave. Cid conta aos órfãos a verdade sobre a origem deles, revelando que todos vieram do mundo da superfície na aeronave do Cid, que caiu no continente após se chocar com uma nuvem misteriosa. A maioria dos passageiros morreu no desastre e as quatro crianças, agora órfãs, foram adotadas por Ur, Kazus e Sasune. Agora cientes dessa revelação, os Guerreiros da Luz voam com a aeronave para fora do continente flutuante.
O mundo da superfície é um lugar caótico coberto pela escuridão, com apenas duas ilhas visíveis. A bordo do Enterprise, o grupo voa para um navio naufragado, onde encontram um velho cuidando de uma sacerdotisa da água chamada Aria Benett. Eles dão à ela uma poção que a faz se recuperar e Aria reconhece que eles são os Guerreiros da Luz, juntando-se ao grupo para restaurarem o Cristal da Água. Usando um fragmento do cristal, ela abre o caminho para a Caverna das Marés e eles avançam até o cristal. Aria dá a eles o fragmento que carregava e diz para que eles retornam a luz ao cristal. Ao se aproximarem do cristal, uma flecha é atirada na direção de Luneth e Aria o empurra para salvá-lo, sendo atingida pela flecha e caindo no chão. O Kraken ataca o grupo e é derrotado, mas Aria é ferida mortalmente e um terremoto atinge o local, forçando os Guerreiros a fugirem.
O grupo acorda na cidade de Amur e descobre que Goldor acorrentou seu navio. Eles devem encontrar Quatro Velhos que acreditem neles serem os Heróis da Luz. O grupo deve resgatá-los de monstros nos esgotos, e o velho retribui o grupo ajudando-os a conseguir Sapatos de Levigrass da rabugenta Delilah. o grupo visita a Mansão de Goldor para conseguir a chave da corrente e encontram o Cristal da Terra, mas Goldor maliciosamente quebra o cristal após sua derrota. Desanimados, o grupo liberta o navio e partem, visitando várias cidades em outros lugares.
A Enterprise é derrubada quando eles voam sobre o reino de Saronia, que está no meio de uma guerra civil incitada pelo Rei Gorn. Ao exército foi ordenado que lutassem por si sós e todas as lojas estavam fechadas. Eles encontram o filho do Rei, Príncipe Alus, em um pub, após ter sido banido do castelo. Arc convence os outros a ajudá-lo. Eles visitam o castelo e são concedidos entrada, mas naquela noite o Rei Gorn entra no quarto para matar o seu filho. Gorn mergulha a faca no seu próprio estomago e liberta-se do feitiço lançado sobre ele pelo seu conselheiro, Gigameth. Gigameth se transforma em Garuda e o grupo o derrota. Alus é subsequentemente coroado rei.
Escolares dizem ao grupo que a aeronave Nautilus fora desenterrada. Usando ela, o grupo voa sobre o Continente Dalg até a Mansão de Doga onde eles conhecem o sábio Doga e seus guarda-costas moogle. Doga explica que ele, Unei e Xande uma vez foram estudantes do grande magus Noah. Noah concedeu a cada um deles um presente: Doga ganhou vasto poder mágico, Unei adquiriu o controle do mundo dos sonhos e Xande herdou a mortalidade. Xande ficou furioso e aterrorizado com a probabilidade da morte e absorveu os Cristais da Água e da Terra para parar o fluxo do tempo dividindo o Continente Voador do mundo da superfície. Agora ele deseja matar os Guerreiros da Luz para realizar isso novamente.
O grupo confessa o destino do Cristal da Terra, mas Doga explica que aquele que Goldor tinha era falso, e o verdadeiro Cristal da Terra está são e salvo. Ele se junta ao grupo e usa Mini neles para entrar na Caverna do Círculo. Quando eles atingem o final da caverna, Doga usa uma magia para o transformar o Nautilus em um submarino e diz para os Guerreiros da Luz para ir ao Templo do Tempo para recuperarem o Alaúde de Noah, que irá despertar Unei de seu sono eterno. Ele abandona os Guerreiros para encontrar sozinho a Chave de Eureka.
Os Guerreiros da Luz recuperam o alaúde e entram no Santuário de Unei para despertá-la. Ele dá a eles a Presa de Fogo e diz a eles que o terremoto perto de Ur não foi causado por Xande, então deve ter algum poder maior por trás de tudo. Unei se junta ao grupo e ajuda-os a escavar a Invincible, que pode voar sobre montanhas, das Ruínas Antigas. Após instruí-los sobre suas capacidades, ela lhes dá adeus e guia-os para a Caverna das Sombras para a Presa final.
O grupo derrota o Hecatoncheir e obtiveram a Presa da Terra; com todos as quatro presas eles podem passar a estátuas que Xande colocou para proteger seu quartel general e alcançar o Labirinto dos Antigos. Eles lutam contra Titan e encontram o Cristal da Terra, que concede a eles suas últimas classes. Doga e Unei chamam os Guerreiros de volta a Mansão de Doga e teleporta eles para a Gruta de Doga após sua chegada. Os dois sábios explicam que suas almas são necessárias para ativar as Chaves de Eureka e a Torre de Cristal: portanto o grupo deve matá-los. Quando o grupo tenta negar, Doga e Unei se transformam em monstros e atacam. Após serem derrotados, eles falecem, mas não sem antes dar a cada herói um título: Luneth Luz da Coragem, Arc Luz da Gentileza, Refia Luz da Afeição e Ingus Luz da Determinação.
O grupo abre caminho através do Labirinto Antigo e entram na Torre de Cristal. Eles destrancam a entrada à Terra Proibida de Eureka e obtêm poderosas armas que eles precisam para lutar com Xande. No topo da torre eles encontram uma sala contendo um enorme espelho, mas quando eles olham para ele, são paralisados pela maldição dos Cinco Wyrms. O espírito de Doga traz os aliados que lutaram ao lado dos Guerreiros da Luz para a torre para quebrar a maldição: Cid, Princesa Sara, Desch (que sobreviveu ao reator), Rei Alus, e um dos Quatro Velhos. Eles desejam aos Guerreiros sorte e os Guerreiros entram no portal para o Mundo das Trevas
O grupo confronta Xande, que declara que ele tem vida eterna e ataca. Ao ser derrotado, o Cloud of Darkness aparece e absorve seu corpo, revelando que ele estava manipulando as ações de Xande para reduzir o mundo a nada. O Cloud of Darkness mata os Guerreiros da Luz, mas Doga e Unei sacrificam suas almas para revivê-los. O grupo entra no Mundo das Trevas e derrota os malignos Guardiões dos Cristais Negros, que libertam os antigos Guardiões dos Cristais Negros.
Quando eles encaram o Cloud of Darkness novamente, os quatro Guerreiros das Trevas se sacrificam para enfraquecer a entidade. O Cloud of Darkness é derrotado, e os heróis e seus aliados retornam para seus lares; o velho retorna para Amur, Alus retorna para seu reino, e Cid e Desch retornam para suas amadas. Sara não quer abandonar Ingus, e fica com ele. cada um dos heróis segue caminhos separados, com Ingus e Sara retornando ao Castelo Sasune, Refia assumindo como ferreira em Kazus, e Luneth e Arc voltando para Ur. Na versão de Famicom os Guerreiros da Luz retornam para Ur juntos.
Desenvolvimento[]
Final Fantasy III é visualmente semelhante e usa um sistema gráfico similar ao Final Fantasy original e ao Final Fantasy II. Final Fantasy III expande a jogabilidade com a introdução do sistema de classes mutável. Final Fantasy III é o primeiro jogo da série que apresenta alvo automático; nos títulos anteriores um personagem atacando um inimigo que fora morto por um ataque anterior, iria simplesmente atacar nada, e uma mensagem apareceria, avisando que o ataque foi inefetivo.
A versão de Famicom elimina a introdução de batalhas cheia de texto dos jogos anteriores. Nos títulos anteriores, ataques, nomes de magias, registros de dano, número de acertos e outras informações eram exibidas janelas em cascata na parte inferior da tela. Final Fantasy III troca isto com o dano sendo exibido no sprite do inimigo após o ataque.
Outra notável mudança estilística foi que o fundo de todas as janelas e menus agora eram azul em vez de preto, o que se tornou padrão para os próximos jogos da franquia. Outro avanço na jogabilidade foi que o Final Fantasy III fora o primeiro título na série a apresentar personagens com comandos de batalha únicos, como Invocação, Arremesso e Pulo.
Durante o lançamento de Final Fantasy III a Square estava tentando alcançar a nova tecnologia, já que o Super Nintendo já tinha sido lançado, e não tinham mão de obra o bastante para trabalhar em uma versão americana.[1] Final Fantasy III é um dos maiores RPGs desenvolvido para o NES/Famicom. O seu conteúdo é tão grande que o cartucho é completamente preenchido, e quando novs plataformas emergiram não havia espaço o bastante para uma atualização exigindo novos gráficos, músicas e outros conteúdos. Isso preveniu Final Fantasy III de ser refeito em outros sistemas nos próximos anos, até ser refeito completamente para o Nintendo DS.[1]
Lançamentos[]
Versão cancelada do WonderSwan Color[]
Em dezembro de 1999, a Bandai, criadora do portátil WonderSwan Color, assinou um contrato com a Squaresoft para trazer seus jogos ao console. Entre os primeiros projetos anunciados estavam os remakes dos três primeiros jogos do Final Fantasy. Entretanto, a versão do WonderSwan do Final Fantasy III nunca viu a luz do dia apesar de ter sido mostrada no site oficial da Squaresoft. A versão de WonderSwan do jogo foi planejada ser lançado em dezempro de 2001, mas nunca saiu. Enquanto uma versão do Final Fantasy IV foi depois lançada, a Squaresoft se manteve em silêncio sobre o jogo cancelado. Apesar do jogo nunca ter sido oficialmente cancelado, o site oficial foi desligado assim que a produção de consoles WonderSwan Color cessou em 2002.
Versão de Nintendo DS[]
Foi decidido em 2004 que o Final Fantasy III seria refeito. A Square considerou desenvolver o jogo para PlayStation 2, mas a Nintendo pediu para a Square fazer Final Fantasy III no seu novo console portátil, o Nintendo DS.[1]
O remake do jogo foi revelado estar em desenvolvimento em 7 de outubro de 2004, mas informações mais detalhadas não emergiram até um ano depois. Hiromichi Tanaka, um dos designers do jogo original, foi decidido como cabeça do projeto, agindo tanto como produtor executivo e diretor. Sua orientação e supervisão fora necessária pois o jogo não deveria ter apenas uma atualização gráfica como foi com Final Fantasy I & II: Dawn of Souls, mas uma total revisão usando as capacidades 3D do Nintendo DS, apesar do layout da maioria das cidades e masmorras se manteria idêntico. Ryosuke Aiba, o diretor de arte do Final Fantasy XI, fora contratado como o novo diretor de arte do projeto.
Akihiko Yoshida renovou o design dos personagens originais. Os personagens principais ganharam histórias de fundo, personalidades e nomes padrões: Luneth, Arc, Refia e Ingus. Mesmo com os personagens ganhando história e desenvolvimento, isso não muda a história principal.
Revisões foram feitas no sistema de classes, incluindo rebalanceamento delas, adição de novas habilidades, a eliminação de Pontos de Capacidade, e a nova classe "Bare" ("Freelancer" na versão americana) como nova classe básica, com Onion Knight (Cavaleiro Cebola) se tornando uma classe separada. Diferente da versão original de Famicom, a maioria das classes se mantiveram úteis; as classes definitivas, o Ninja e o Sage (Sábio), foram rebalanceadas para permanecerem no mesmo nível que as demais.
A Nintendo e a Square trabalharam juntas para levar o Final Fantasy III para o DS, mas esta foi a primeira vez que a Square teve que fazer um jogo para o console que eles tiveram que começar do zero. A Square colaborou com uma companhia chamada Matrix Software, e usaram um motor de jogo original criado para o Final Fantasy III.[1]
O jogo fez uso das capacidades WiFi do DS através de um sistema de e-mail conhecido como "MogNet", uma referência ao sistema similar presente no Final Fantasy IX, para jogadores trocarem mensagens através de conexões de WiFi. Apesar de ser um meio de compartilhar pensamentos, MogNet poderia ser usado para desbloquear e completar sidequests, assim como mandar cartas para os NPCs encontrados no meio do caminho. As bibliotecas originais que a Nintendo concedeu à Square não incluía um sistema para comunicação com pessoas que estivessem offline, então a Square fez uma nova biblioteca para o DS permitindo que os jogadores enviassem uma mensagem de texto, como um e-mail, que era armazenada em um servidor e quando a outra pessoa estivesse online, ela recebia a mensagem.[1]
Com o relançamento de Final Fantasy III para o DS, a Square queria ambos os grupos felizes; os fãs antigos no mercado japonês que jogaram o jogo original, assim como os novos jogadores para quais a versão de DS seria seus primeiros toques com o Final Fantasy III. Para os fãs de longa data a Square não queria trazer grandes mudanças, mas para os jogadores ocidentais eles não queriam que o jogo parecesse antiquado.
A versão de DS foi lançada nos Estados Unidos em 14 de novembro de 2006 e na Europa em 4 de maio de 2007. Inimigos eram mais poderosos que no original. Até o lançamento do remake subsequente, Final Fantasy IV, o aumento do tamanho da ROM permitiu aos desenvolvedores manter o número original de inimigos em um grupo.
Edição especial de DS[]
No dia do lançamento de Final Fantasy III, a Square Enix começou a vender o pacote com o jogo e o "Crystal White DS Lite", uma versão especial do DS de cor branca cristalina. O DS tem uma arte de Akihiko Yoshida no topo do videogame. O DS Lite foi vendido apenas no Japão, e é ilustrado com o logo do Final Fantasy III e alguns dos personagens principais estampado na frente.
iOS[]
Final Fantasy III foi laçado para os dispositivos iOS 3.0 ou superior em 24 de março de 2011, e liberado para compra exclusivamente via Apple App Store. Ele é um port melhorado da versão de DS, com os mesmo personagens e design geral, mas qualidade gráfica e sonora superiora.
A versão original de DS roda a 256x192 em cada tela. A resolução nativa da versão de iOS roda tanto 480x320 ou na tela "Retina" em 960x640. A última resolução funciona apenas no iPhone 4, 4s, e iPod Touch de quarta geração. Em iPad, ele roda em 1024x768. Melhorias gráficas para o iPad saíram um mês após o lançamento com uma atualização em 21 de abril de 2011.
A versão em iOS incluía pequenas mudanças nos diálogos, com NPCs explicando características e controlas únicos de dispositivos iOS. O jogador cotrola as ações do personagem via comando de toque; por exemplo,para dar zoom na câmera o jogador usa movimento de pinça com dis dedos na tela. O movimento do personagem é feito por um analógico dentro da tela. A fonte das legendas e diálogos fora mudada para a fonte presente no iOS (geralmente Helvetica, dependendo de qual fonte o jogador usa se tiver um dispositivo desbloqueado via BytaFont), maior e mais separada, facilitando a leitura.
Uma vez que o iPad, iPhone e iPod Touch não tem duas telas físicas, a versão de iOS passa sem aquilo que era exibido na tela vista na versão de DS, mas permite acesso a várias destas funções através de menus que o jogador pode acessar apertando botões espalhados pela tela.
Não existe funcionalidades através da internet como era na sua contraparte de Nintendo DS, que usa a conexão WiFi da Nintendo para o MogNet para destravar uma classe secreta. Em vez disso, a missão pode ser feita após completar os eventos do Cristal do Fogo.
Na versão de iOS, é possível pular monstros devido a uma falha nos encontros.
Em 6 de fevereiro de 2014, a atualização 1.6.0 foi lançada. Ele adicionou a otimização das telas "Retina" de 4 polegadas de 1136x640 dos iPhones 5, 5c,5s e iPod Touch de quinta geração, adicionou suporte para o Logitech PowerShell Controller + Battery, e consertos menores de falhas. Esta atualização agora precisava de dispositivos iOS rodando o iOS 4.3 ou superior.
Android[]
A versão de Android apresenta:
- Novos e melhorados visuais 3D e sequências da história apenas para Android
- Painéis de toque suaves e intuitivos especificamente feitos para os RPGs de smartphones da Square Enix
- Rápida navegação através do bestiário de monstros e outros arquivos do jogo
- Novos design visuais para os Cartões de Maestria das Classes[2]
Na versão de Android, é possível pular monstros devido a uma falha dos encontros.
Suporte para Android TV foi adicionado em 3 de novembro de 2014.
PlayStation Portable[]
Um trailer para o port de PlayStation Portable da versão de DS apareceu na página do YouTube da Square com um trailer concluindo que a data de lançamento no Japão seria 9 de setembro de 2012. O port apresentava gráficos melhorados, galerias adicionais e uma opção de usar tanto a música original ou a orquestrada. Um modo de batalhas automáticas estava também incluso. O jogador poderia adquirir o equipamento mais poderoso do jogo através de conexão wireless. O jogo também incluía o script em inglês, o que permitiria importação.
A versão de PlayStation Portable saiu em 25 de setembro via a PlayStation Network.
Kindle Fire[]
No dia primeiro de novembro de 2012, Final Fantasy III foi lançado para Kindle Fire e o Kindle Fire HD na Amazon Appstore por $15.99.[3] Esta versão fora otimizada para jogar no console, e os painéis de toque foram ajustados, fazendo o jogo mais suave e fácil de jogar.
Em outubro de 2015 o aplicativo foi atualizado na Amazon Appstore para não apenas ser exclusivo do Kindle Fire, mas também para outros dispositivos Android, e a atualização também inclui a FireTV e suporte de salvamento em nuvem.
Ouya[]
O jogo foi um título de lançamento para o console baseado em Android Ouya. Este lançamento recebeu tanto música remasterizada e gráficos melhorados.
Windows Phone[]
Em 27 de dezembro de 2013, Final Fantasy III foi lançado na Windows Phone Marketplace (sem nenhum marketing). Assim como a versão de Windows Phone do Final Fantasy original, ele possui 18 conquistas do Xbox, apesar de elas estarem escondidas até serem desbloqueadas.
Assim como todos os aplicativos do Windows Phone, existe uma versão demo do jogo que estende desde o começo até a primeira visita do grupo ao Castelo de Sasune, quando Ingus se une ao grupo. Após sair do castelo, uma notificação aparece com um link para que os jogadores comprem a versão completa do jogo ou retornem ao menu principal. Se os jogadores comprarem a versão completa a partir desta notificação, seu progresso vai continuar a partir deste momento.
Steam[]
Final Fantasy III foi lançado na Steam com visual melhorado, 18 conquistas, Cartões de Troca da Steam e um novo visual para os Cartões de Maestria das Classes. O jogo foi otimizado para jogar no PC e tem uma navegação mais rápida no bestiário. É compatível com PCs rodando o Microsoft Windows Vista, 7 e 8.
Requerimentos do Sistema[]
Recomendado | Minimo |
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OS | Windows Vista, 7, 8 |
Processador | Pentium 4, 2.4 GHz |
Memória | 2 GB RAM |
Disco rígido | espaço livre de 800 MB |
Cartas colecionáveis da Steam[]
A versão da Steam saiu com 9 Cartas colecionáveis.
Romantização[]
Como parte da celebração de 25 anos de aniversário do Final Fantasy, a Square Enix lançou a romantização dos primeiros três jogos do Final Fantasy. A romancização, nomeada de Novel Final Fantasy I, II, III Memory of Heroes, foi lançada no outono de 2012.
Créditos de Produção[]
Versão Original de Famicom[]
Diretor | Hironobu Sakaguchi |
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Produtor | Masafumi Miyamoto |
Co-designers | Hiromichi Tanaka, Kazuhiko Aoki, Koichi Ishii |
Programadores | Nasir Gebelli, Kiyoshi Yoshii, Katsuhisa Higuchi |
Design de Gráficos e Personagens | Yoshitaka Amano |
Co-roteirista | Kenji Terada |
Compositor | Nobuo Uematsu |
Remakes[]
Diretor & Produtor Executivo | Hiromichi Tanaka |
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Produtor | Tomoya Asano |
Supervisor de Batalha | Kazuhiko Aoki |
Principal Planejador | Hiroaki Yabuta |
Programadores | Yuichi Yoshida, Shinnosuke Ohasi |
Diretor de cenas | Kazuyuki Ikumori |
Diretor de Arte | Ryosuke Aiba |
Design de Personagens | Akihiko Yoshida |
Ilustrador de Imagens | Yoshitaka Amano |
Designers Gráficos | Jin Yamuraa, Kango Sumi |
Compositor | Nobuo Uematsu |
Arranjo Musical | Tsuyoshi Sekito, Keiji Kawamori |
Tradução para Inglês | Aziz Hinoshita |
Capas[]
Galeria[]
Ver também: Artes conceituais do Final Fantasy III
Curiosidades[]
- No remake, existe uma contradição em relação a história de como as quatro crianças surgiram. De acordo com Cid, as crianças não eram originalmente deste mundo, citando que dez anos atrás ele estava transportando pessoas de e para os continentes quando um mal desconhecido destruiu seu navio. Isto contradiz com o que Unei fala: que o mundo da superfície fora selado por mil anos. Isto pode acontecer devido a uma anomalia temporal causada quando o mundo da superfície foi engolido por trevas; pois até onde Cid sabe, ele pode ter navegado sem rumo, congelado no tempo, por mil anos, e o poder dos cristais podem ter permitido que seu navio flutuasse até o continente voador, libertando-o.
- Em 1999, Final Fantasy III recebeu uma tradução em inglês não oficial por Neill Corlett e Alex W. Jackson. Em adição a esta popular tradução de fã, existe uma alternativa completa.
- Final Fantasy III é o primeiro jogo da série onde os personagens jogáveis são crianças.
- No remake, danos acima de 9999 podem ser causados por cada personagem, e apesar do jogo só mostrar 9999, ele calcula de acordo com a quantidade exata.
- Final Fantasy III foi a primeira aparição de moogles e do fat chocobo na série.
- A missão de "circular o mundo em um chocobo para ganhar uma recompensa" origina-se em Final Fantasy III, e depois foi repetida em Final Fantasy V.
- Final Fantasy III foi o primeiro jogo da série a mostrar graficamente os pontos de quando um alvo era atacado ou curado, em vez de usar um título como faziam as versões originais dos dois jogos anteriores. É também o primeiro a conter alvo automático, assim como o primeiro a ter música de batalha específica para batalhas contra chefes. Todos estes aspectos depois fora adaptados nos relançamentos dos dois jogos anteriores.
- Os nomes de Doga e Unei, dois personagens chave em Final Fantasy III, aparecem em múltiplos jogos Final Fantasy, incluindo Final Fantasy IX, que contem uma subquest envolvendo dois itens nomeados "Doga's Artifact"("Artefato de Doga") e "Une's Mirror"("Espelho de Une") que desbloqueiam um tema escondido chamado "Doga and Une" na Black Mage Village.
- Várias músicas do jogo foram usadas em Chocobo Racing, incluindo o tema de abertura ("Crystal Cave") e o tema da batalha final.
- Apesar da maioria dos sprites do 8-Bit Theater serem do Final Fantasy original, muitos outros sprites, incluindo os Guerreiros da Luz com uma nova classe superiora, são sprites da versão de Famicom de Final Fantasy III.
- A música de fundo original da cidade de Amur foi usada para criar a canção "Cloud Smiles" no Final Fantasy VII: Advent Children.
- A versão de DS foi originalmente planejada para que Luneth, Arc, Refia e Ingus fossem filhos adotivos de Topapa, assim como na versão de NES; isto foi mudado para fazer com que os quatro personagens tivessem suas próprias histórias separadas.
- Em Final Fantasy 20th Anniversary e a porção do Final Fantasy original de Final Fantasy I & II: Dawn of Souls, o Dragão de Duas Cabeças, a Echidna, o Cerberus, e o Ahriman aparecem como chefes na opcional Earthgift Shrine, com a "Battle 2" como BGM. Em Final Fantasy IV: The After Years, eles retornam como guardiões dos cristais da Lua Verdadeira.
- No lançamento de Famicom, uma garotinha, numa sala a oeste da cidade de Gysahl, encoraja o jogador a escrever perguntas para a Square, listando o endereço postal dela.
- Em Ur e Amur, existem pianos onde Luneth e seus amigos pode tocar, que vai aleatoriamente causar vaias ou aplausos.
Referências[]
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 http://www.eurogamer.net/articles/fantasy-reborn-interview
- ↑ https://play.google.com/store/apps/details?id=com.square_enix.android_googleplay.FFIII_GP
- ↑ http://na.square-enix.com/finalfantasyiii/go/article/view/final_fantasy_25th_anniversary/260735/final_fantasy_iii_available_on_kindle_fire